Enfim, estou aqui, sabendo de tantas coisas tristes, e algumas felizes. Estas são pessoais; as outras, por conta deste país e do mundo.
Um motorista de táxi me contou que descontou anos infindáveis para o INSS sobre sete salários mínimos, e se aposentou, na data certa, recebendo pouco mais que 700 Reais. Está com advogado, correndo atrás do prejuízo.
Soube, através de uma amiga médica, que nem o Prefeito nem o Governador estão cumprindo as promessas eleitorais na área da saúde. Postos médicos estão sendo fechados por todos os cantos, por falta de médicos que não aceitam trabalhar por pouco mais de mil Reais. Os recém-formados aceitam, mas se demitem, assim que melhoram de situação. Aliás, Saúde, como Educação e Segurança, não são carreiras de Estado - assim não merecem a atenção e tratamento especiais, com vencimentos polpudos. Médico não foi mesmo feito para ganhar dinheiro, mas para salvar pessoas. Caridosa e altruisticamente. O dinheiro suja o ato médico. Não é assim que as pessoas pensam? E isto não é exclusividade do Brasil. Não sou dos que dizem “só no Brasil acontece isto, ou aquilo”. Estou convencido de que há países onde atrocidades inomináveis acontecem. Temos as nossas: a altíssima mortalidade por assassinatos e acidentes de trânsito - e, sobretudo, a generalizada impunidade.
Há coisas graves que acontecem aqui, de dificílima resolução. Então não vai dar para falar que temos medicina quase de 1o mundo (sic Lula). Temos médicos excelentes, medicina de ponta, pesquisas avançadas. A questão é de assistência às massas, fora dos ambientes universitários, ou de excelência. Do Rio de Janeiro, inclusive, para cima a situação é mais grave do que de S. Paulo para baixo, onde pode se encontrar assistência de qualidade razoável.
No Rio de Janeiro, é praticamente impossível conseguir uma cirurgia eletiva – a que não é de urgência. Diga minha empregada que sofre inúteis anos em busca de uma cirurgia para varizes. Alegam que há falta de salas e de equipes médicas, mesmo para as urgências.
Dizem que José Serra foi o único que faz alguma coisa pela saúde nos últimos anos, como quebrar patentes de remédios para o tratamento de HIV, e a introdução dos medicamentos genéricos - embora o Fernando Henrique tivesse ignorado totalmente os médicos e outras categorias importantes.
O atual ministro da saúde, José Temporão, apesar dos equívocos e erros, parece ser bastante eficiente. Não tivemos mais a gripe suína, e a dengue passou quase desapercebia, sem mortes, neste verão no Rio de Janeiro. Louvores também para os Secretários de Saúde. Isto é muito, muito importante mesmo, ainda mais visto o verão tórrido que vivemos neste ano - e não contarmos ainda com vacinas. A da dengue parece sair em 2 anos.
DEU NA MÍDIA
Hipocrisias de Ahmadinejad
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, chamou de "grande montagem" os atentados terroristas cometidos em 11 de setembro de 2001 em Washington e Nova Iorque, nos quais mais de três mil pessoas morreram. Durante uma reunião com membros do Ministério da Inteligência iraniano, Ahmadinejad explicou que, em sua opinião, o único objetivo era "justificar a guerra contra o terrorismo".
"Os atentados de 11 de setembro fazem parte de uma estratégia de inteligência complexa. Uma grande mentira com a qual se tratava de conseguir um pretexto para lutar contra o terrorismo e que abriu o caminho para o aventureirismo no Afeganistão", afirmou.
Seria preciso talvez ter vivido nos anos trinta para ver o que se passava entre Hitler, de um lado, e Londres e Paris, de outro. Hitler, depois de se armar poderosamente em poucos anos, foi avançando descaradamente Europa adentro. Avançou sobre Sudetos (França), Tchecoslováquia e Áustria, sempre com motivações bem construídas, mas que não suportavam o menor raciocínio lógico: o fato de existirem minorias étnicas alemãs, em um outro país , não dava direito à Alemanha de anexá-lo, alegando a defesa destas minorias, sem o menor constrangimento.
Em “A Assenção e Queda do 3o Reich”, Upton Sincler comenta que, até às vésperas da guerra, a França vendia alumínio para os aviões de Hitler, que se armava até o pescoço com esta alegação de estar protegendo a Alemanha. Chamberlain, o chanceler francês, ia e vinha de Berlim, cada vez mais com novos tratados de paz, assinados à toa pelos alemães. Não ousaram enfrentar o rearmamento alemão. A Inglaterra só declarou guerra à Alemanha por se ver obrigada por conta de um tratado de não agressão com a Polônia, em que uma das partes se obrigava a declarar guerra imediatamente, caso a outra fosse invadida por uma 3ª nação… Hitler sabia disso. Consta que forjou uma suposta invasão polonesa à Alemanha - e entrou Polônia adentro. Assim começa, em 1939, a 2ª Guerra Mundial, que foi vencida graças à intervenção dos Estados Unidos; do contrário, estaríamos comendo acarajé com chucrute.
O jogo político-diplomático depende da confiabilidade das duas partes: se uma dá mostras de querer trapacear, deixa de ser um diálogo, para ser uma farsa. Em se tratando de material para a construção de armamentos nucleares, torna-se um teatro burlesco, em que há conivência oculta - ou medo e covardia de enfrentar a situação.
Quando se trata de armamento nuclear, é irresponsabilidade criminosa e suicídio. O Brasil deve tomar cuidado ao assinar o discurso com o Irã, correndo o risco de ser conivente com seu armamento nuclear - que não tem nada a ver com o armamento nuclear de potências que não estão representando perigo para a humanidade. Espera-se que os outros se desarmem também.
LULA EM ISRAEL
De 14 a 16 de março de Lula fez a 1ª visita oficial de um Presidente do Brasil a Israel.
No Knesset (Parlamento) Lula foi bombardeado por discursos contra o Irã – discursos veladamente contra a ação condescendente e patrocinada por Marco Aurélio Garcia, e outros do Governo Brasileiro. No seu discurso, Lula apenas enfatizou a proibição ao uso de armas nucleares que consta na Constituição Brasileira. O cerimonial alegou falta de tempo para cancelar a visita – problemática - ao túmulo de Teodoro Herzel, fundador do sionismo, em homenagem aos 150 anos de seu nascimento. Sem dúvida, demais para certa facção petista, fortemente
NOTA: ESTOU COM POBLEMAS PARA EDITAR FIGURAS;TENTEI O DIA TODO SEM SUCESSO.
VOU CONSULTAR O ByMARCO QUE É ESPECIALISTA, MAS ESTE, LAMENTAVELMENTE, VAI ASSIM
ENFIM , estou aqui, sabendo de tantas coisas tristes, e algumas felizes. Estas são pessoais; as outras, por conta deste país e do mundo.
Um motorista de táxi me contou que descontou anos infindáveis para o INSS sobre sete salários mínimos, e se aposentou, na data certa, recebendo pouco mais que 700 Reais. Está com advogado, correndo atrás do prejuízo.
Soube, através de uma amiga médica, que nem o Prefeito nem o Governador estão cumprindo as promessas eleitorais na área da saúde. Postos médicos estão sendo fechados por todos os cantos, por falta de médicos que não aceitam trabalhar por pouco mais de mil Reais. Os recém-formados aceitam, mas se demitem, assim que melhoram de situação. Aliás, Saúde, como Educação e Segurança, não são carreiras de Estado - assim não merecem a atenção e tratamento especiais, com vencimentos polpudos. Médico não foi mesmo feito para ganhar dinheiro, mas para salvar pessoas. Caridosa e altruisticamente. O dinheiro suja o ato médico. Não é assim que as pessoas pensam? E isto não é exclusividade do Brasil. Não sou dos que dizem “só no Brasil acontece isto, ou aquilo”. Estou convencido de que há países onde atrocidades inomináveis acontecem. Temos as nossas: a altíssima mortalidade por assassinatos e acidentes de trânsito - e, sobretudo, a generalizada impunidade.
Há coisas graves que acontecem aqui, de dificílima resolução. Então não vai dar para falar que temos medicina quase de 1o mundo (sic Lula). Temos médicos excelentes, medicina de ponta, pesquisas avançadas. A questão é de assistência às massas, fora dos ambientes universitários, ou de excelência. Do Rio de Janeiro, inclusive, para cima a situação é mais grave do que de S. Paulo para baixo, onde pode se encontrar assistência de qualidade razoável.
No Rio de Janeiro, é praticamente impossível conseguir uma cirurgia eletiva – a que não é de urgência. Diga minha empregada que sofre inúteis anos em busca de uma cirurgia para varizes. Alegam que há falta de salas e de equipes médicas, mesmo para as urgências.
Dizem que José Serra foi o único que faz alguma coisa pela saúde nos últimos anos, como quebrar patentes de remédios para o tratamento de HIV, e a introdução dos medicamentos genéricos - embora o Fernando Henrique tivesse ignorado totalmente os médicos e outras categorias importantes.
O atual ministro da saúde, José Temporão, apesar dos equívocos e erros, parece ser bastante eficiente. Não tivemos mais a gripe suína, e a dengue passou quase desapercebia, sem mortes, neste verão no Rio de Janeiro. Louvores também para os Secretários de Saúde. Isto é muito, muito importante mesmo, ainda mais visto o verão tórrido que vivemos neste ano - e não contarmos ainda com vacinas. A da dengue parece sair em 2 anos.
DEU NA MÍDIA
Hipocrisias de Ahmadinejad
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, chamou de "grande montagem" os atentados terroristas cometidos em 11 de setembro de 2001 em Washington e Nova Iorque, nos quais mais de três mil pessoas morreram. Durante uma reunião com membros do Ministério da Inteligência iraniano, Ahmadinejad explicou que, em sua opinião, o único objetivo era "justificar a guerra contra o terrorismo".
"Os atentados de 11 de setembro fazem parte de uma estratégia de inteligência complexa. Uma grande mentira com a qual se tratava de conseguir um pretexto para lutar contra o terrorismo e que abriu o caminho para o aventureirismo no Afeganistão", afirmou.
Seria preciso talvez ter vivido nos anos trinta para ver o que se passava entre Hitler, de um lado, e Londres e Paris, de outro. Hitler, depois de se armar poderosamente em poucos anos, foi avançando descaradamente Europa adentro. Avançou sobre Sudetos (França), Tchecoslováquia e Áustria, sempre com motivações bem construídas, mas que não suportavam o menor raciocínio lógico: o fato de existirem minorias étnicas alemãs, em um outro país , não dava direito à Alemanha de anexá-lo, alegando a defesa destas minorias, sem o menor constrangimento.
Em “A Assenção e Queda do 3o Reich”, Upton Sincler comenta que, até às vésperas da guerra, a França vendia alumínio para os aviões de Hitler, que se armava até o pescoço com esta alegação de estar protegendo a Alemanha. Chamberlain, o chanceler francês, ia e vinha de Berlim, cada vez mais com novos tratados de paz, assinados à toa pelos alemães. Não ousaram enfrentar o rearmamento alemão. A Inglaterra só declarou guerra à Alemanha por se ver obrigada por conta de um tratado de não agressão com a Polônia, em que uma das partes se obrigava a declarar guerra imediatamente, caso a outra fosse invadida por uma 3ª nação… Hitler sabia disso. Consta que forjou uma suposta invasão polonesa à Alemanha - e entrou Polônia adentro. Assim começa, em 1939, a 2ª Guerra Mundial, que foi vencida graças à intervenção dos Estados Unidos; do contrário, estaríamos comendo acarajé com chucrute.
O jogo político-diplomático depende da confiabilidade das duas partes: se uma dá mostras de querer trapacear, deixa de ser um diálogo, para ser uma farsa. Em se tratando de material para a construção de armamentos nucleares, torna-se um teatro burlesco, em que há conivência oculta - ou medo e covardia de enfrentar a situação.
Quando se trata de armamento nuclear, é irresponsabilidade criminosa e suicídio. O Brasil deve tomar cuidado ao assinar o discurso com o Irã, correndo o risco de ser conivente com seu armamento nuclear - que não tem nada a ver com o armamento nuclear de potências que não estão representando perigo para a humanidade. Espera-se que os outros se desarmem também.
LULA EM ISRAEL
De 14 a 16 de março de Lula fez a 1ª visita oficial de um Presidente do Brasil a Israel.
No Knesset (Parlamento) Lula foi bombardeado por discursos contra o Irã – discursos veladamente contra a ação condescendente e patrocinada por Marco Aurélio Garcia, e outros do Governo Brasileiro. No seu discurso, Lula apenas enfatizou a proibição ao uso de armas nucleares que consta na Constituição Brasileira. O cerimonial alegou falta de tempo para cancelar a visita – problemática - ao túmulo de Teodoro Herzel, fundador do sionismo, em homenagem aos 150 anos de seu nascimento. Sem dúvida, demais para certa facção petista, fortemente
sábado, 13 de março de 2010
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